quinta-feira, 9 de março de 2017

O Deputado Antônio José Imbassahy da Silva (PSDB) da Bahia

O Deputado Antônio José Imbassahy da Silva (PSDB) da Bahia

  • Antônio José Imbassahy da Silva, ou simplesmente Antônio Imbassahy (Salvador, 12 de março de 1948), é um engenheiro eletricista e político brasileiro, ex-governador da Bahia, recebendo pensão vitalicia, e ex-prefeito de Salvador.
Eleito deputado federal pelo PSDB, foi escolhido líder de seu partido na Câmara dos Deputados, em dezembro de 2015 e empossado em 3 de Fevereiro de 2016. Em dezembro do mesmo ano, foi escolhido para ser o ministro da Secretaria de Governo, substituindo Geddel Vieira Lima.

Carreira:
  • Antônio Imbassahy formou-se em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Bahia em 1969. Foi presidente da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA) em 1989. Nas eleições de 1990 elegeu-se deputado estadual, chegando à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia em 1994. Neste mesmo ano assumiu o governo estadual após as renúncias do governador Antonio Carlos Magalhães e do vice Paulo Souto que, respectivamente, disputariam o Senado e o governo estadual. Permaneceu no cargo até 31 de dezembro, quando deu lugar a Souto, eleito naquele ano. No ano de 1995 foi presidente da Eletrobras. Em 1996 foi eleito prefeito de Salvador, reelegendo-se em 2000. 
Desde o início ligado ao grupo político comandado por Antônio Carlos Magalhães, em 2005 Imbassahy rompeu com o Carlismo, deixou o PFL e filiou-se ao PSDB, presidindo o diretório estadual da legenda entre 2005 e 2010. Em 2006, disputou uma vaga ao Senado, ficando em terceiro lugar. Nas eleições de 2008, candidatou-se novamente à prefeitura de Salvador, mas terminou a disputa na quarta posição. No ano de 2010, elegeu-se deputado federal, tendo sido reeleito em 2014. 
  • Na Câmara foi Vice-líder do PSDB em três ocasiões (16 de fevereiro de 2011 a 3 de fevereiro de 2012, 25 de setembro de 2012 a 1 de fevereiro de 2013 e 15 de julho de 2015 a 19 de novembro de 2015), além de Vice-líder da Minoria (15 de fevereiro de 2012 a 9 de abril de 2013), Líder da Minoria (5 de fevereiro de 2013 a 8 de abril de 2014) e Líder do PSDB por duas vezes (4 de fevereiro de 2014 a 1 de fevereiro de 2015 e de 3 de fevereiro de 2016 até o presente).
Sucessão de Eduardo Cunha:
  • Em maio de 2016 o PSDB chegou a indicar ao presidente interino Michel Temer o nome de Antônio Imbassahy para substituir o então presidente da Câmara Eduardo Cunha, acusado de diversas irregularidades e afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal. A ideia era que a candidatura emergisse a partir de um acordo político que viabilizasse novas eleições para o comando da Casa. 
No entanto, após Cunha renunciar em Julho e de serem abertas inscrições para as candidaturas, Imbassahy e o PSDB decidiram apoiar Rodrigo Maia, do Democratas, em uma aliança que inclui parte do PT e visa derrotar o chamado "Centrão", aliado ao ex-presidente.

Controvérsias:
Voto fotografado:
  • O parlamentar envolveu-se em polêmica em 2013 durante a votação da cassação do deputado federal Natan Donadon, que encontrava-se preso. Imbassahy filmou seu voto, favorável à perda de mandato do colega, alegando "inaugurar o voto aberto" na Casa. Com isso, foi acusado de ferir o regimento interno da Câmara de Deputados. O deputado chegou a escrever uma artigo de jornal para se justificar e encampou, junto com seu partido, uma campanha em prol do voto aberto na Câmara.
Lava Jato:
  • Imbassahy é um dos nomes que integram a lista de 96 deputados federais e 25 senadores que teriam recebido doações eleitorais de empresas fornecedoras da Petrobras sob suspeita e investigadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Ele teria recebido R$ 100 mil em sua campanha para a Câmara dos Deputados em 2010. Algumas das empresas são investigadas por depositar recursos na MO Consultoria, empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef, ou são suspeitas de colaborar para o esquema de coleta de recursos administrado ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Nas eleições de 2014, Imbassahy teria recebido doações de R$ 30 mil da Braskem, empresa ligada à Odebrecht, R$ 250 mil da OAS e R$ 76,8 mil da UTC.
Metrô de Salvador:
  • Empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras também foram acusadas pelo Ministério Público Federal de terem superfaturado a licitação para as obras do metrô de Salvador em 1999, maior obra da gestão de Antônio Imbassahy quando prefeito. O TCU detectou sobrepreço de pelo menos R$ 166 milhões, em valores da época, e responsabilizou gestores indicados por Imbassahy, além das empresas envolvidas. Ele foi vice-presidente da CPI da Petrobras entre Fevereiro e Dezembro de 2015, com a missão justamente de investigar estas empresas envolvidas em casos de corrupção na estatal. As irregularidades nas obras levaram o Ministério Público a mover duas ações, que acabaram suspensas porque o Superior Tribunal de Justiça considerou ilegais os grampos telefônicos da Operação Castelo de Areia e derrubou o caso. As obras do metrô foram feitas por um consórcio formado por Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Siemens. 
As investigações apontaram que o consórcio pagou a uma empresa italiana, que havia feito a melhor proposta na licitação, para que desistisse da obra. O repasse, segundo a Procuradoria, foi feito por meio de um contrato de cerca de R$ 10 milhões para fornecimento de equipamentos. Documentos apreendidos apontam ainda, segundo a investigação, que foi formado um consórcio oculto com outras empreiteiras que também participariam das obras: Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Constran e Alstom.

Atividades parlamentares (legislatura 2015/19):
  • Obs: Estão listadas apenas as atividades onde o parlamentar foi titular (atualizado em 11 de julho de 2016):
  • Comissão de Minas e Energia: 3/3/2015 - 2/2/2016;
  • Comissão de Seguridade Social e Família: 3/5/2016 - 6/6/2016;
  • Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional: 3/5/2016 - 18/5/2016;
  • PL 3722/12 - Desarmamento: 17/3/2015 - 20/3/2015;
  • CPI da Petrobras: 25/2/2015 - 22/10/2015 (1º Vice-Presidente).